segunda-feira, 30 de março de 2015

Vice de Joca não está filiado a partido político


O candidato a vice-prefeito da chapa encabeçada por Joca Pantoja (PPS), Antoniel Santos ("PDT") não está filiado a nenhum partido político. Quem afirma isso é o registro do sistema de filiação partidária do Tribunal Superior Eleitoral, conforme certidão abaixo, que já circula nas redes sociais e já gera especulações sobre a troca de nomes.

Segundo informações, é bem provável que alguma coligação entre com pedido de impugnação, o que pode mudar o rumo da coligação, já que se confirmado o problema, e em caso efetivo de impugnação, a chapa deverá escolher outro candidato a vice.

A indicação de Antoniel Santos partiu de uma aliança firmada de Joca com o Pastor da Igreja Evangélica Assembléia de Deus de Igarapé-Miri, e abre margem para uma reflexão cada vez mais constante nas eleições brasileiras que recai sob o  "voto religioso".

Com o aumento de políticos ligados a crenças religiosas, em sua maioria pastores e líderes de igrejas evangélicas, há um visível interesse de aproximação de diversos partidos que buscam apoio eleitoral. Só nessas eleições suplementares mirienses, dois candidatos a vice-prefeitos tem como carro chefe a polarização de igrejas/eleitores, é o caso de Antoniel e a Pastora Dalva, vice de Darlene Pantoja.

Grande parte dos cientistas sociais, e intelectuais da atualidade discutem o caráter do "voto religioso",  e certamente que é uma discussão extremamente profunda, porém, resumidamente, é consenso entre os estudiosos que o grande perigo desse tipo de polarização (igreja/voto) é a sua institucionalização que fomenta a utilização de um mandato público totalmente vinculado à ideais conservadores e fundamentalistas da sociedade, e vem comprometendo o andamento de uma sociedade regida pela democracia.

Um exemplo desse atraso pode ser exemplificado na demora da aprovação de projetos importantes para o Brasil que dizem respeito tão somente a conquista de direitos por setores da sociedade, que são confundidos como temas  de caráter ético-morais das igrejas, e de seus líderes,  é o caso da descriminalização do abordo e a criminalização da homofobia. 

Aqui em Igarapé-Miri, esses temas não costumam ganhar muita ênfase, apesar da importância. Porém, o apoio de Igrejas a políticos já foi vivenciado e já dividiu fiéis em Igarapé-Miri. Agora é aguardar os resultados, e torcer pelo bem comum do município, independentemente de igrejas, partidos ou políticos.



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