segunda-feira, 9 de março de 2015

O Panelaço da Elite de Barriga Cheia


UM TEXTO QUE TODO BRASILEIRO DEVERIA LER.
Nós brasileiros somos capazes de sonegar meio trilhão de reais de Imposto de Renda só no ano passado.

Somos capazes de vender e comprar DVDs piratas, cuspir no chão, desrespeitar sinal vermelho, andar pelo acostamento, furar fila (R.U. que o diga), não se disponibilizar a desocupar uma vaga de cadeira a um idoso no ônibus...e ainda por cima votar em Malluf, Collor, Jader Barbalho,Pé de Boto...
O panelaço nas sacadas gourmet de ontem não foram contra a corrupção.

Foi contra o incômodo que a elite branca sente ao disputar espaço com esta gente ‘diferenciada’ que anda frequentando aeroportos, quem compra carro e constrói casa nova, e que vem disputando vagas na universidade.

Elite branca que não se assume como tal, embora seja elite branca.

Alguns setores da economia e na vida dos brasileiros não vão bem, certo. É direito de todo cidadão protestar, divergir, se irritar.
Porém, surge um fenômeno novo na realidade brasileira: é o ódio político, o espírito golpista dos ricos contra os pobres, e que às vezes, nem os pobres se deixam perceber que estão sendo manipulados.

Assim o fenômeno que estamos observando, embalados por estereótipos, ignorância política e manipulação de massa surge: um ódio coletivo da classe alta, dos ricos, a um partido e a um presidente.
Não é preocupação ou medo, é ódio.

Nas políticas públicas o governo revelou uma preferência forte e clara pelos trabalhadores e pelos pobres, principalmente no que tange os programas sociais. Bolsa Família na boca de rico então....

Quando os liberais e os ricos perderam a eleição não aceitaram isso e antidemocraticamente, continuam de armas em punho. Voltamos ao udenismo e ao golpismo, a intervenção militar? Ignorância histórica.

E quando a oposição fala sobre os escândalos da PETROBRÁS, demonstrando que nunca se roubou tanto no país! “Santa Hipocrisia, já se roubou muito mais, apenas não era publicado, não ia parar nas redes sociais”.

Sejamos francos: tão legítimo como protestar contra o governo é a falta de senso do ridículo de quem bate panelas de barriga cheia, mesmo sob o risco de riscar as caríssimas.

Sem falar na falta de educação, ao chamar uma mulher de “vaca” em quaisquer dias do ano ou no Dia Internacional da Mulher, repetindo a cafajestagem do jogo de abertura da Copa do Mundo.
Ou até mesmo, como alguns amigos meus, formandos de direito por sinal, aqui no facebook, de empinar o dedo deselegantemente.

Dilma Rousseff, gostemos ou não, foi democraticamente eleita em outubro passado.

Para um país que elege educação como prioridade, educação é o mínimo que se pode esperar de quem queira verdadeiramente um país mais justo e fraterno.

E sem corrupção, é claro.

(texto original de Juca Kfouri, com adaptações minhas)

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