A Festividade de Sant'ana é marca registrada no calendário das famílias católicas de Igarapé-Miri, que além das diversas programações religiosas conta com uma tradição cultural fortemente presente nas relações de convívio social durante os 10 dias de festa. A proposta criada pelo Professor Mestre e Artista Miriense Patrich Depailler com o projeto "Meio Dia" reforça nossas tradições, e oportuniza que artistas locais, bem como as relações de convívio social ganhem um espaço no calendário Miriense, reforçando cada vez mais a diversidade de nosso povo.
Dentro das tradições populares característicos das festividades religiosas, há uma relação plural entre o profano e o religioso, e nem sempre essa relação é cercada de dualidade, mas nas relações humanas, elas são muitas vezes intrínsecas. E assim, em Igarapé-Miri, ir na frente da igreja para escutar a Banda de Sant'ana, e ouvir as pistolas que marcam o horário de "Meio Dia" fez com que se criasse um costume, que foi absorvido pela boemia miriense, que cercava os dezenas de bares presentes no arraial até o final do anos 2000. Com a construção do cais da cidade, e a proibição da Igreja Católica em vender bebidas alcoólicas no espaço festivo, as tradições esfriaram mais não apagaram, e com uma iniciativa inovadora, artistas locais, e a boemia miriense recriaram um novo jeito de "tomar a gelada de cada dia, no meio dia durante a festa de Sant'ana.
Dentro das tradições populares característicos das festividades religiosas, há uma relação plural entre o profano e o religioso, e nem sempre essa relação é cercada de dualidade, mas nas relações humanas, elas são muitas vezes intrínsecas. E assim, em Igarapé-Miri, ir na frente da igreja para escutar a Banda de Sant'ana, e ouvir as pistolas que marcam o horário de "Meio Dia" fez com que se criasse um costume, que foi absorvido pela boemia miriense, que cercava os dezenas de bares presentes no arraial até o final do anos 2000. Com a construção do cais da cidade, e a proibição da Igreja Católica em vender bebidas alcoólicas no espaço festivo, as tradições esfriaram mais não apagaram, e com uma iniciativa inovadora, artistas locais, e a boemia miriense recriaram um novo jeito de "tomar a gelada de cada dia, no meio dia durante a festa de Sant'ana.
Com a inauguração do novo Trapiche Municipal em 2009, e com os esforços do professor Patrich e de colaboradores, a tradição bate recordes de público, sucesso e crítica, configurando-se em um momento ímpar no calendário da Festividade.
Esse ano, a iniciativa ganhou um novo apêndice, e vem homenageando diversas personalidades que contribuíram com o fortalecimento das manifestações culturais mirienses, com a exposição de um arquivo memorial.
Entre as personalidades homenageadas estão:
1.Prof. Eurídice Trabalhadora incansável com Pastorinhas, Cordões e Peças de teatro, foi classificada por mim em meus trabalhos acadêmicos como "Folclorista".
2. Dona Baizé - Foi esposa do ex-prefeito Danda. Seu trabalho se destaca com o Boi Bumba.
3. Rui Pureza e Consola - Além de trabalhos com peças de teatro, Boi, Paixão de Cristo, Quadrilhas, Grupos Folclóricos. Foram as pessoas que encabeçaram o Rainha das Rainhas do Carnaval Miriense, e o desfile da Cobra do Jatuíra.
4. Felicidade Brandão (Dona Mocinha) e Tio Neco, são os pais do professor Gelffson Lobo. Seus trabalhos destacam-se com o Boi Bumba e as escolas de Samba.
5. Manoel Machado - Como o destaque do banner diz: O Poeta dos Cordéis.
6. Grupo Canarana- Um dos primeiros grupos folclóricos dessa cidade a ter uma apresentação todo com músicas autorais compostas pela Prof. Ionete Gama.
7.Grupo Companhia do Jápper Grupo formado na década de 90 que foi pioneiro no Pagode Miriense, o qual começou a tocar com seus instrumentos todos plugados. Depois dele os outros jovens foram influenciados!
8. Bibica e Paola- Fundadores e incentivadores do movimento homossexual dessa cidade. De grande talento artístico como coreografia e decoração. Seu Banner diz: "E viva a Criatividade".
9. Sr. Viterbo Vilhena (Seu Deca) - O bar de seu Deca localizado no centro de Igarapé-Miri era carinhosamente chamado de "Quartel". Lá foi um dos pontos boêmios mais famosos dessa cidade. Muitos artistas frequentavam aquele espaço, e muitas composições nasceram por lá.
10. Raimundo (Chaito) e Zé Pinheiro - Pioneiros no seguimento de aparelhagens em Igarapé-Miri, sócios proprietários do Flamengo e Botafogo respectivamente, eram chamados de "Controlistas".
11. José Plácido Gonçalves – Maestro que participou das Bandas municipais, trabalhos com Pastorinhas e cordões e patriarca de uma família reconhecida no meio da música Paraense onde destacamos Pim e Pinduca, seus filhos.
12. Dercy Luís Gonçalves - Foi multiuso. Escritor, Músico, Diretor, roteirista, Ator etc... Foi parceiro inseparável da Professora Eurídice.
13. Mestre Socó - Pioneiro no seguimento do Banguê, tendo trazido para o estúdio suas composições e forma particular de apresentar o Banguê. Formou o Grupo Banguê da Ilha.
14. Talico - O trabalho artístico que podemos destacar desse homem foi o fato de por muitos anos ser o "nosso Papai Noel". Talico povoou a imaginação de muitas crianças carentes dessa cidade surgindo no período natalino como o bom velhinho do Polo Norte. Seu posto ainda hoje não consegue ser ocupado satisfatoriamente.
15. Cordão do Camarão - O cordão foi o primeiro cordão que quebrou com a ideia de que Cordões deveriam ser de pássaros. Este era um cordão de crustáceo. Dirigido, musicado e escrito pela Professora Eurídice.
16. Zé Pouquinha e Dona Teté - Sócios fundadores da primeira quadrilha da "terceira idade" de Igarapé-Miri, a Velha Guarda na Roça. Essa quadrilha buscou apresentar-se com os movimentos e passos das quadrilhas tradicionais.
17. Zeca Bomba - Percussor das guitarradas no Baixo Tocantins. Assim como Mestre Viera, podemos também chamar Zeca de "Mestre Zeca".
(Fonte: página do facebook do Prof. Patrich Depailler)
Parabéns a todos os colaboradores e organizadores pela iniciativa aplausível, em especial ao esforço do Professor Mestre e Artista Miriense Patrich Depailler. E Viva a Cultura Popular Miriense.
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