sexta-feira, 17 de julho de 2015

Justiça decreta Prisão Preventiva de Pé de Boto e mais 10 acusados



Conforme já foi noticiado pelo Blog Gazeta Miriense,  desde o início da manhã de hoje, 17/07, surgem diversas notícias pelas Redes Sociais de uma operação policial com intuito de realizar apreensão de envolvidos na operação "Falso Patuá", na qual o ex-prefeito Municipal de Igarapé-Miri, o Pé de Boto, seria um dos chefes do suposto esquema que segundo o Ministério Público Estadual formou um grupo de extermínio em Igarapé-Miri, além da prática de diversos crimes contra o erário municipal enquanto esteve no comando do executivo municipal.
As primeiras informações oficiais já circulam na Rede, com a divulgação do mandado de prisão preventiva, expedida pelo Juiz de Direito que responde pela Vara Criminal de Barcarena Exmº  Deomar Alexandre de Pinho Barroso. Todavia, nenhuma informação oficial nas agências de comunicação do Ministério Público, bem como do Tribunal de Justiça confirmam a efetiva prisão do grupo. 
O que sabemos de oficial até o momento, é que existe de fato um mandado de prisão preventiva contra Pé de Boto, seu irmão Amilton, o ex-secretário de Obras Ruzol e mais 8 acusados.
O Blog entrou em contato com a Assessoria de Comunicação da Policia Civil, porém até o momento o caso corre sob segredo de justiça. Resta-nos aguardar os próximos capítulos dessa história.


RELEMBRE O CASO:
O ex-prefeito Ailson Santa Maria do Amaral, o “Pé de Boto de Igarapé-Miri, responde acusação de ter criado um grupo de extermínio de pessoas, abrir empresas de fachada e comandar esquema fraudulento em procedimentos licitatórios para o próprio enriquecimento, além da suspeita de chefiar uma quadrilha envolvida com tráfico de drogas. Além dele, o ex-secretário de Obras do município, Ruzol Gonçalves, e seus dois filhos, Rafael e Renato Gonçalves, além de seis policiais militares, respondem pelas denúncias que chegaram ao conhecimento do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) do Ministério Público do Pará e dos órgãos de segurança.
“Pé de Boto”, segundo denúncias, teria comprado no município uma fazenda com milhares de pés de açaí plantados, por R$ 4,5 milhões, para se transformar em um dos maiores empresários desse ramo de negócios, fornecendo o produto para os mercados nacional e internacional. A denúncia foi feita pelo vice-prefeito, Edir Corrêa Pinheiro.
Pinheiro revelou ao procurador de Justiça, Nelson Medrado, que já foi ameaçado de morte por “Pé de Boto”, que apontou uma arma para ele. “O vice contou que o prefeito comprou o açaizal e colocou em nome de um segurança particular. Não vi ainda os documentos dessa transação ou se existiu alguma procuração passada para que o negócio fosse fechado”, informou Medrado, acrescentando que Pinheiro lhe disse que a compra na fazenda foi divulgada pelo prefeito na página dele no Facebook.
Em uma nova diligência do Gaeco, realizada no munícípio, os integrantes do MP e policiais estiveram na sede da empresa M. M. Lobato, na rodovia Augusto Montenegro, em Belém, que vende medicamentos para várias prefeituras, inclusive a de Igarapé-Miri. Um fato que chamou a atenção de Medrado foi a informação do prefeito ao Tribunal de Contas dos Municípios de que havia pago a M. M. Lobato pelos remédios adquiridos. Os responsáveis pela empresa, durante a operação, afirmaram que forneceram os medicamentos, mas não receberam até hoje o pagamento.
Notas fiscais e outros papéis foram apreendidos na empresa. Um diretor exibiu para os integrantes do Gaeco uma cópia do contrato firmado com a prefeitura para o fornecimento dos remédios, coisa que Ailson Amaral, o “Pé de Boto”, omitiu do TCM. Os papéis, depois de examinados pelo Gaeco, serão remetidos para o Tribunal de Contas.
Sobre a existência de um grupo de extermínio que atuaria em Igarapé-Miri sob o comando prefeito – que incluiria 13 assassinatos –, Medrado declarou que uma senhora esteve na promotoria de Abaetetuba para denunciar que um filho dela teria sido morto pelo grupo ligado ao prefeito “Pé de Boto”.
Segundo Medrado, todas as informações precisam ser checadas para que se chegue ao número real de mortes. “Fala-se que 50 assassinatos teriam ocorrido, mas precisamos saber se isso é verdade ou exagero”, concluiu o procurador de Justiça. “O que estamos investigando são treze mortes, mas, se outras denúncias concretas surgirem de mais assassinatos, teremos de apurar tudo com rigor e cuidado”, disse Medrado. (Diário do Pará).

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