sábado, 18 de julho de 2015

Ex-Prefeito Pé de Boto é considerado foragido da justiça


Diário do Pará: A Polícia Civil deu cumprimento, nesta sexta-feira, 17, aos mandados de prisão preventiva requeridos pelo Ministério Público do Estado e decretados contra cinco investigados na operação "Falso Patuá". Dois deles - Ruzol Gonçalves Neto, conhecido como "Ruzo", e Everaldo Lobato Vinagre, de apelido "Boi" - foram presos em Igarapé-Miri, nordeste paraense. O ex-prefeito de Igarapé-Miri, Ailson Santa Maria do Amaral, conhecido como Pé de Boto; Amilton Nazareno Santa Maria do Amaral, irmão de Ailson, e Rafael Gonçalves Neto, filho de Ruzol, não foram encontrados e são considerados foragidos.
A operação efetuada por policiais civis do Núcleo de Apoio à Investigação de Abaetetuba, da Superintendência Regional de Abaetetuba e da Delegacia de Igarapé-Miri atende às decisões judiciais solicitadas pelo promotor de Justiça Harrison Bezerra, do Grupo de atuação Especial de Combate às Organizações Criminosos (Gaeco), do MPE, para prender acusados de envolvimento em um grupo de extermínio responsável por 13 homicídios e que seria comandado pelo ex-prefeito. Além desse crime, o grupo é acusado de envolvimento em um esquema responsável por criar empresas de fachada e fraudes em procedimentos licitatórios para enriquecimento pessoal.
Em setembro do ano passado, a operação cumpriu 39 mandados judiciais, dos quais doze de prisão temporária. Dez pessoas foram presas no município de Igarapé-Miri e uma foi presa em flagrante por porte ilegal de arma de fogo. Na ocasião, o então prefeito Ailson Santa Maria do Amaral e então secretário municipal de Obras, Ruzol Gonçalves Neto, foram denunciados sob suspeita de envolvimento em crimes no município. Três armas de fogo foram apreendidas durante a operação. Com o término do prazo de 30 dias dos mandados de prisão temporária, os acusados foram colocados em liberdade.
O processo prosseguiu na Justiça, que decretou, na semana passada, os mandados de prisão preventiva dos cinco acusados. Segundo denúncia do promotor Nelson Medrado, Ailson Amaral atentou contra o regime democrático de direito, contra a vida de pessoas e as liberdades individuais, e implantou um clima de terror na cidade e violou todos os princípios da administração pública. Agpra, os acusados estão recolhidos na Central de Triagem da Cidade Nova, em Ananindeua, à disposição da Justiça.

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